Sobre mim

Defino-me como benfiquista, defensor da justiça e da verdade desportiva. Condeno qualquer tipo de tráfico de influências, corrupção e violência, seja praticada pelo FC Porto, SL Benfica, ou qualquer outro clube. Não aceito vitórias a qualquer custo. Honestamente, depois de 30 anos de actos indignos por ele praticados, tantos casos claros como a água (imagino as manobras que desconhecemos, certamente combinadas sem telefones, cara a cara em boites, restaurantes e em casa de Pinto da Costa), custa-me a entender como alguém defende e se orgulha desse senhor.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O FCP e a sua relação com a imprensa - artigo do site a mentira desportiva

Como a corrupção domina a Imprensa. Terrorismo sobre jornalistas nas Antas. O poder editorial de Pinto da Costa sobre O Jogo. As jogadas de charme perante o poder político. Os dissidentes. Tudo sobre as estratégias corruptas que subjugam o futebol português.

Um sistema corrupto só pode funcionar se dominar a Imprensa. Razão? A Imprensa exerce um forte poder junto de todo o edifício da Justiça, ao divulgar, investigar, formar opinião pública. Sem a Imprensa na mão, os corruptos são apanhados facilmente.

Para Pinto da Costa, nunca foi difícil dominar a Imprensa. Em primeiro lugar, porque sempre foi idolatrado pelos adeptos. Depois, porque definiu uma estratégia que passava por instigar ao ódio pelos jornalistas mal amados. Além disso, criou manobras de charme a nível nacional, como a tradicional visita à Assembleia da República.
Comecemos pelo ódio... Nunca foi fácil exercer jornalismo nas Antas. O relato do rádio era seguido em directo e se o jornalista expressava uma opinião indesejada sobre um lance era insultado... em directo.
No final do jogo, se o Porto perdesse, havia agressões, quase sempre verbais, porque as barreiras impediam o acesso à zona de Imprensa. Havia um secreto desejo de que o Porto ganhasse, para que houvesse paz e respeito, na saída dos adeptos.
Pinto da Costa tem um órgão de Comunicação Social ao seu serviço e dá indicações directas sobre qual o destaque que cada notícia merece. Cria falsas notícias para exercer pressão sobre os órgãos de Justiça do futebol. Quem não se lembra da escuta do jornalista Tavares Teles?
Tavares Teles (jornalista de O Jogo): “Está escrita a história [falsa ameaça de boicote à selecção] do Deco. O Manuel Tavares [director de O Jogo] quer pôr aquilo em grande destaque...”
Pinto da Costa: “O quê? Não... Não põe nada...”.
Mas o poder dos corruptos estende-se a manobras de charme junto dos políticos. Os tradicionais encontros com deputados portistas, na Assembleia da República, conferem a Pinto da Costa uma falsa elevação moral. Limpa-se a imagem e descredibiliza-se quem o descredibiliza. Fácil e eficaz...
Os dissidentes políticos que não pactuam com a corrupção acabam por ser linchados em praça pública. Basta lembrar como foi tratado Rui Rio – o presidente da Câmara do Porto, que denunciou actos de gestão danosa em benefício do FC Porto.
Outro exemplo de dissidência política é Ricardo Bexiga, deputado da Câmara de Gondomar. Acabou agredido por homens encapuzados [coincidência: um amigo de Pinto da Costa acaba de ser detido com máscaras e armas], alegadamente a mando de Pinto da Costa, segundo Carolina Salgado.
“O que está em causa em Portugal é a separação entre servidão e liberdade", disse Ricardo Bexiga”. Esta frase deve ser lida, relida e repetida. Os corruptos dominam, criam servos e quem sai da linha corre risco de vida.
O sistema corrupto tem pessoas dentro dos órgãos do futebol – Liga e Federação – e tem um órgão de comunicação social dominado. Tem juízes “amigos”. Os chamados “nossos juízes”. Tem advogados e pessoas bem relacionadas com quem de direito. Tem políticos subjugados.
Prepara-se o assalto ao futebol, com Fernando Gomes na Liga e Vítor Baía na Federação. Ricardo Costa já foi varrido. O Benfica voltou a ser prejudicado de forma escandalosa, numa tentativa de afastar o campeão da luta pelo título. Os corruptos estão com força...
E por que razão continua com força? Porque a memória é curta e a Imprensa lava mais branco que o Omo...

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