Sobre mim

Defino-me como benfiquista, defensor da justiça e da verdade desportiva. Condeno qualquer tipo de tráfico de influências, corrupção e violência, seja praticada pelo FC Porto, SL Benfica, ou qualquer outro clube. Não aceito vitórias a qualquer custo. Honestamente, depois de 30 anos de actos indignos por ele praticados, tantos casos claros como a água (imagino as manobras que desconhecemos, certamente combinadas sem telefones, cara a cara em boites, restaurantes e em casa de Pinto da Costa), custa-me a entender como alguém defende e se orgulha desse senhor.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Octávio Machado não aceitou deixar-se perder

Em entrevista ao Correio da Manhã, Octávio Machado revela pressões dos dirigentes do FC Porto para perder com uma equipa treinada por... António Oliveira. Essa equipa precisava de pontos e o FC Porto já era campeão. Octávio denuncia Pinto da Costa, "que jurou pela filha que Mourinho não iria para as Antas". Mourinho foi para as Antas.

(...)
E o presidente?
– Posso dizer que conheci um presidente que se chamava Jorge Nuno e que me motivou pela palavra. E conheci, mais tarde, um presidente chamado Pinto da Costa que me decepcionou pela palavra.
Não coloca a hipótese de um dia fazerem as pazes?
– Quando uma pessoa jura pela filha e afinal está a mentir é difícil. Foi o que ele fez. Jurou-me pela filha que Mourinho não iria para o FC Porto e já tinha levantado a taça de champanhe com aquele treinador.
Ficou surpreendido com as evoluções do processo ‘Apito Dourado’?
– Eu, que ando há quarenta anos no futebol?! Fui a primeira pessoa a falar do sistema. Dez anos antes de Dias da Cunha o fazer. Pensa que alguma vez vou esquecer o que vivi antes do jogo Gil-Vicente-FC Porto na época de Carlos Alberto Silva. Foram os momentos mais traumatizantes da minha vida e da minha carreira. Esse jogo determinava a descida de divisão do Gil Vicente, treinado por António Oliveira, caso a equipa perdesse contra o FC Porto, na altura do jogo já campeão nacional.
Não esquece porquê?
– Porque tive de lutar para que mantivéssemos a nossa dignidade.
Sofreu pressões para que o FC Porto facilitasse a vida ao Gil Vicente?
– Num telefonema chegaram a dizer-me que eu era a única pessoa do FC Porto que desejava a vitória da equipa frente ao Gil Vicente.
Quem lhe telefonou?
– Um amigo. De facto, bem vi aqueles que foram ao balneário do Gil Vicente festejar a vitória da equipa. Perdemos por 1-0, mas não perdemos a dignidade porque não cedo a pressões e disse isso mesmo aos meus jogadores no fim do jogo.
Pinto da Costa deu-lhe a entender que o FC Porto devia facilitar?
– Nunca me diria isso porque me conhece.
Algum dirigente do FC Porto o fez?
– Há muitas maneiras de fazer pressão. Posso apenas dizer que vivi momentos muito difíceis, mas tenho que deixar alguma coisa para revelar no meu livro. Mas não foi a única vez que me aconteceu. Num jogo entre a Académica e o FC Porto em que se discutia a descida de divisão da Académica, também passei por situações difíceis. Acabamos por ganhar com um golo de Raudnei, infelizmente para alguns, porque não era suposto o FC Porto ter ganho esse jogo à Académica.
Em que época se passa esse segundo episódio?
– Quando Ivic era treinador do FC Porto.
O treinador da Académica era António Oliveira...
– Exactamente.
Foi pressionado, por duas vezes, para não prejudicar duas equipas, treinadas por António Oliveira?
– Vivi momentos muito difíceis. (...)

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